Estudo da Polícia Militar revela que 95% dos fuzis apreendidos pela corporação, em 2024, foram fabricados no exterior
Por Administrador
Publicado em 22/05/2025 14:11
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De acordo com o levantamento, a maioria das armas de guerra foi feita nos Estados Unidos

Por Governo do Estado / Foto Rafael Campos

 

Estudo inédito da Polícia Militar do Rio de Janeiro mostra que dos 638 fuzis apreendidos durante o ano passado pela corporação, 604 (94,68%) foram fabricados no exterior. Os dados fazem parte de um levantamento desenvolvido pela Subsecretaria de Inteligência (SSI).

- Precisamos entender que esse poder bélico nas mãos erradas provoca insegurança e atinge toda a população. Por isso, a importância de a indústria produtora de armas também fazer parte do enfrentamento ao crime organizado, com a gerência sobre o caminho dos armamentos e atuando em conjunto com o Governo Federal no controle do tráfico internacional de armas – afirma o governador Cláudio Castro.

De acordo com o levantamento da SSI, a maioria das armas de guerra retiradas das mãos dos criminosos em 2024 foi fabricada nos Estados Unidos, onde foram contrabandeadas 295 unidades da plataforma Colt. Com licença para ser comercializada em outros países, o armamento da plataforma entra de forma clandestina no Brasil pelas fronteiras de países sul-americanos, como Paraguai, Bolívia e Colômbia.

O estudo da SSI mostra ainda que muitos fuzis chegaram ao território nacional em peças avulsas, também compradas nos EUA ao custo de aproximadamente R$ 6 mil, na cotação atual do dólar. Depois de montadas por armeiros, são vendidas às facções criminosas por cerca de R$ 50 mil.

-  A apreensão de fuzis, hoje, é um dos maiores desafios da Corporação no contexto da segurança pública do estado. Nossa tropa não vai esmorecer, mas é preciso alertar para a necessidade urgente de uma política de âmbito nacional e até internacional para deter o contrabando de armas, envolvendo outros atores da área de segurança – ressalta o secretário da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.

Além dos Estados Unidos, os fuzis apreendidos no ano passado foram fabricados também em outros países como Israel, Alemanha, Áustria e República Tcheca. Um levantamento preliminar feito pela SSI, ao analisar a procedência dos fuzis apreendidos neste ano de 2025, mostra que 60% foram fabricados nos Estados Unidos, indicando uma tendência semelhante à constatada no passado. O estudo da SSI mapeou também o destino das armas apreendidas no território fluminense.

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