Presidente da Alerj inicia interinidade de 10 dias com agenda estratégica no Norte Fluminense, seu reduto eleitoral

Com informações de Última Hora On Line

O presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar, assume interinamente o comando do Governo do Estado a partir desta segunda-feira (16). A interinidade ocorre durante a licença de 10 dias do governador Cláudio Castro (PL), marcando a primeira experiência de Bacellar à frente do Palácio Guanabara após a saída do vice-governador Thiago Pampolha para o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Logo nos primeiros dias como governador em exercício, Bacellar demonstra que pretende reforçar sua principal bandeira política: a segurança pública.

A agenda começa estrategicamente em seu reduto eleitoral no Norte Fluminense, com visitas programadas a Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana, onde inaugurará unidades do Corpo de Bombeiros e lançará a pedra fundamental de uma nova policlínica da Polícia Militar.

A movimentação de Bacellar não é vista como mera coincidência por analistas políticos. O presidente da Alerj já é cotado como pré-candidato ao governo estadual em 2026, e a interinidade surge como oportunidade para consolidar seu nome como possível sucessor de Cláudio Castro, que deve concorrer ao Senado na próxima eleição. O cenário político já desenha um potencial embate com Eduardo Paes (PSD), atual prefeito do Rio de Janeiro, que também articula sua candidatura ao governo e tem buscado protagonismo na área da segurança pública.

Durante o período no comando do estado, Bacellar também planeja assinar o Estatuto das Blitzes, promessa antiga da atual gestão que estabelece normas para operações policiais. Além disso, o governador em exercício deve anunciar novas obras em municípios administrados por seus aliados políticos, fortalecendo sua base de apoio para os próximos desafios eleitorais.

A interinidade de Bacellar ocorre em um momento delicado para o Rio de Janeiro, que enfrenta desafios persistentes na segurança pública, com disputas territoriais entre facções criminosas e milícias em diversas regiões do estado.

Especialistas observam que as ações do presidente da Alerj durante estes dez dias podem sinalizar não apenas seu estilo de gestão, mas também as prioridades que defenderia em uma eventual candidatura própria.