Porto do Açu inaugura a maior térmica do Brasil nesta segunda-feira
Por Administrador
Publicado em 28/07/2025 09:53 • Atualizado 28/07/2025 09:57
Economia, Negócios e Desenvolvimento

Potência do complexo é capaz de abastecer cerca de 8 milhões de residências

Foto Porto do Açu (Divulgação)

A maior usina termelétrica do Brasil será oficialmente inaugurada nesta segunda-feira (28/07), no Porto do Açu, localizado em São João da Barra, no norte do estado do Rio de Janeiro. A entrada em operação da térmica GNA II, com capacidade instalada de 1,7 gigawatts (GW) energia suficiente para abastecer aproximadamente 8 milhões de residências.

om a inauguração, a GNA II ultrapassa a usina Porto do Sergipe I e assume o posto de maior termelétrica do país. O empreendimento é operado pela Gás Natural Açu (GNA), uma joint venture formada pela Prumo Logística (controladora do Porto do Açu), a Siemens Energy, a petroleira britânica BP e a chinesa SPIC.

Papel estratégico na matriz energética nacional

O projeto reforça o papel estratégico do estado do Rio de Janeiro na matriz energética nacional, ao concentrar investimentos em geração térmica com base em gás natural. A Siemens forneceu os principais equipamentos de geração da usina, como turbinas a gás e torres de resfriamento, enquanto a BP será responsável pelo suprimento de gás.

A construção da GNA II exigiu um complexo conjunto de parcerias e contratos, integrando infraestrutura logística, fornecimento de combustível e tecnologia de ponta. A usina faz parte do parque termelétrico do Porto do Açu, que já contava com a operação da GNA I, em funcionamento desde 2021, com 1,3 GW de potência.

Duas usinas têm 3 GW de capacidade instalada

Somadas, as duas usinas da GNA totalizam 3 GW de capacidade instalada, posicionando o complexo como um dos maiores polos de geração térmica da América Latina. O gás natural utilizado é importado por meio de um terminal de regaseificação instalado no próprio porto, o que garante agilidade no suprimento e reduz a dependência de outras rotas logísticas.

A inauguração da GNA II ocorre em um momento de alerta no setor elétrico, diante das dificuldades de expansão das fontes renováveis e da crescente demanda por estabilidade no sistema nacional. A geração térmica, embora mais cara e menos limpa, cumpre papel de reserva estratégica para momentos de escassez hídrica e instabilidade do vento e do sol.

O evento desta segunda-feira deve contar com a presença de autoridades e executivos das empresas envolvidas, além de representantes do governo estadual e do setor energético. A expectativa é que a usina contribua para o fortalecimento do Porto do Açu como um hub industrial e logístico de escala internacional

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