Parte dos procurados, pelo menos 30, é do Pará. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas.
Com Informações do g1
Pelo menos 20 pessoas morreram e 56 foram presas nesta terça-feira (28) em uma megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Traficantes reagiram a tiros e com barricadas em chamas. Um vídeo (veja acima) mostra quase 200 disparos em 1 minuto, em meio a colunas de fumaça.
A TV Globo apurou que entre os mortos há 18 suspeitos e 2 policiais civis. Até a última atualização desta reportagem, a ação ainda estava em andamento, com relatos de mais baleados. Trata-se de mais uma etapa da Operação Contenção, uma iniciativa permanente do governo do estado de combate ao avanço do CV por territórios fluminenses.
Pelo menos 2.500 agentes das forças de segurança do RJ saíram para cumprir 100 mandados de prisão. A Polícia Civil afirmou ainda que, em retaliação, criminosos lançaram bombas com drones. Outros fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à disparada de bandidos em 2010, quando da ocupação do Alemão.
Balanço parcial:
18 suspeitos haviam sido mortos em confronto. Dois eram da Bahia; outro, do Espírito Santo.
9 agentes de segurança foram baleados, e pelo menos 2 morreram.
Além deles, 3 inocentes foram baleados: um homem em situação de rua foi atingido nas costas por uma bala perdida e levado para o Getúlio Vargas; uma mulher que estava em uma academia também foi ferida, mas já recebeu alta; e um homem que estava num ferro-velho.
56 homens foram presos.
Policiais apreenderam 31 fuzis, 2 pistolas e 9 motos.
Em retaliação à ação policial, criminosos lançaram bombas com drones no Complexo da Penha
Operador do CV preso
Entre os presos está Thiago do Nascimento Mendes, o Belão do Quitungo, um dos chefes do Comando Vermelho da região. Outro capturado é Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de um dos altos chefes do CV, Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso.
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que a operação foi desenhada com antecedência e não contou com apoio do governo federal.
"Toda essa logística é do próprio estado. São aproximadamente 9 milhões de metros quadrados de desordem no Rio de Janeiro", disse.